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sábado, 22 de junho de 2024

BROTAS NA HISTÓRIA - CELEBRAÇÃO DO CENTENÁRIO DE EUNICE ROSA CAMPOS

 

É COM O CORAÇÃO CHEIO DE SAUDADES

QUE CELEBRAMOS O CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE

EUNICE ROSA CAMPOS

Uma singela homenagem a estimada matriarca e amiga Eunice Rosa Campos, uma pessoa muito especial, um presente de Deus em nossas Vidas.

FICA SEMPRE    

Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas

Nas mãos que sabem ser generosas

Dar um pouco que se tem aos que tem menos ainda

Enriquece o doador, faz sua alma ficar mais linda

Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas

Nas mãos que sabem ser generosas

Dar ao próximo alegria parece coisa singela

Aos olhos de Deus, porém, é das artes a mais bela

Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas

Nas mãos que sabem ser generosas.

NÓS TE AMAMOS MUITO

É como o coração cheio de saudades que fazemos essa singela homenagem a essa pessoa especial Eunice Rosa Campos um presente que o Pai celestial nos brindou oportunizando que tivéssemos a oportunidade de tê-la em nosso convívio.

Assim, aproveitamos o dia em que, se viva estivesse, completaria 100 anos, para render uma justa homenagem, que nada mais é do que registros de lembranças e recordações de momentos de lutas e alegrias vividos aqui conosco, os quais enriqueceram as nossas vidas.

Eunice Rosa Campos queremos te dizer que você sempre vai estar presente em nossas vidas, em nossos corações.

O CENTENÁRIO

“Eunice Rosa Campos” foi o nome que ela recebeu na pia batismal, da igreja Matriz de Nossa Senhora de Brotas; mais desde os primeiros dias de seu nascimentos, seus pais lhe chamaram simplesmente de “Eunice” formato simplificado, pela qual ela ficou conhecida por toda a sua vida, com algumas exceções, pois seus filhos sempre lhe chamavam de “Mamãe”; e, para seus sobrinhos era carinhosamente chamada de “Dinda”, ou “Dinda Eunice”; depois de casada com o também saudoso “Durval Campos” ou “Dindo” ficou sendo tratada, pelos conterrâneos e amigos pelo nome de “Dona Eunice”, a ela a todo o nosso carinho e respeito.

Nascida no dia 22 de junho, ela como as demais pessoas ascendentes do signo de câncer, era uma sonhadora, empática e sentimental, sua imaginação sem limites; tinha uma forma dócil e gentil, para com as pessoas.  Ela era romântica e carinhosa, sempre preocupada e atenta com seus amigos e familiares, podemos dizer que, dentre as suas melhores qualidades destacam-se a sensibilidade e o senso de coletividade.

Durante a sua vida Dona Eunice sempre foi uma mulher guerreira, dedicada a fazer o bem, qualidade que lhe acompanhara desde os primeiros anos de vida, pois sempre foi uma criança obediente aos pais, de comportamento exemplar na sociedade, que com sua meiguice encantava aos seus pais e demais familiares, assim era com seus pais, nas tarefas diárias;  também chamava atenção era a força da união que sempre manteve com seus irmãos, com os quais partilhava a sua vida, seja nas tarefas de casa, seja nas brincadeiras, na arte do corte e costura e nas atividades religiosas, as quais eram vivenciadas tanto na igreja matriz de Nossa Senhora de Brota, quanto na casa de seus pais e na sua própria casa..

Outra característica marcante em sua vida, era a disposição em ajudar a quem dela precisasse, sempre solidaria com todas as pessoas da comunidade brotense, em especial aos mais carentes e necessitados.

Durante a sua vida de casada, foi ela, uma esposa fiel e dedicada a família, a companheira de todas as horas para o seu esposo, uma mãe exemplar, presente, dedicada, cuidadosa e amiga de cada um dos seus filhos.

Assim sendo, por tudo de bom que cultivou, ela continuará viva em nossos corações e, em nossas vidas, pois sempre foi e continuará sendo uma referência de amor e dignidade, para toda sociedade brotense, especialmente pela sua conduta cidadã, seu testemunho da fé e religiosidade, sua amizade e simpatia, seu sorriso sempre presente na face, para servi, a qualquer pessoa que dela precisasse.

A você mulher simples, firme e determinada, pela sua conduta cristã e fraterna, por todo seu amor, pela força e determinação, nos momentos difíceis, prestamos aqui a nossa sincera homenagem, uma forma singela de manifestarmos a nossa gratidão, por ter sido essa pessoa maravilhosa que sempre foi.

GENEALOGIA

De família tradicional brotense seus familiares são descendentes das primeiras famílias fundadoras da Imperial Vila Agrícola de Nossa Senhora de Brotas.

Do Lado Paterno - Seu pai Arthur da Silva Campos – Foi o primeiro filho do casal Francisco José da Silva e Dona Antônia Joaquina Barbosa Campos, que por sua vez descendem do casal Joaquim Barbosa Campos dos Santos e, Efigênia Pereira Campos.

Do Lado Materno – Sua mãe Ricardina Rosa Campos, era filha de Joviniano dos Santos Rosa e Maria dos Santos Rosa que, por sua vez descenderam de Domingos dos Santos Rosa e Josefa Alves de Oliveira, descendentes de Felipe Pereira do Vale e Vivência Pereira do Rosário.

HISTÓRIA DE VIDA

A sua história de vida tem início no amor de seus pais Arthur da Silva Campos e Ricardina Rosa Campos, legítimos representantes da tradicional família brotense, nascida no alvorecer do dia 22 de junho de 1924, na casa de seus pais, na rua Padre Carrilho, no número 31, Brotas de Macaúbas e, falecida aos 73 anos, 6 meses e 14 dias, no dia 05 de janeiro de 1998, deixando um vazio imenso em nossos corações.

SEUS PAIS

Artur da Silva Campos, um artista, multifuncional, fazia de tudo um pouco, embora se destacava pela arte da marcenaria, de onde tirava o sustento da sua família, ao mesmo tempo, era agricultor e, a cada período chuvoso, cultivava, milho, mandioca, melancia e capim,  além do que também sempre tinha uma ou duas vaquinhas de leite. Era músico e maestro da filarmônica Independência, gostava de compor chulas. “Mestre Artur” como era conhecido também foi advogado rabula e Juiz de Paz.

Sua mãe Ricardina Rosa Campos, uma mulher simples que, de acordo com o costume daqueles tempos, foi criada para ser uma dona de casa, prendada para os afazeres do lar.

SEUS IRMÃOS

Foram seis filhos que resultaram do amor de Arthur e Ricardina, o primogênito Arthur da Silva Campos Filho, (Manim), seguido por; Idalice Rosa Campos, Nivaldo Rosa Campos, Eunice Rosa Campos, Joviniano Rosa Campos (Vena) e Dilce Rosa Campos, os quais formavam uma família maravilhosa e unida.

VIDA FAMÍLIAR

Na vida família Eunice, como já falamos, sempre foi muito apegada aos Irmãs em especial, com as irmãs, Idalice e Dilce, elas sempre foram mais que irmãs, pois eram companheiras do dia a dia, cumplices nas brincadeiras, nas tarefas domesticas, e das tardes pacatas de Brotas, quando, nos fins de tarde, sentavam para dedicar ao corte e costura de roupas, que fazia com excelência, ou para riscos e bordados. Também fazia parte da rotina delas, as visitas aos avós, a participação nas atividades da igreja, em tudo elas estavam juntas.

Aos olhos da família ela foi uma pessoa amorosa, mensageira de muita paz e tranquilidade, que sempre tinha uma palavra de conforto.

NOIVADO E CASAMENTO

Jovem bonita e bem prendada, filha de família tradicional, querida e respeitada em toda a sociedade brotense, não demorou muito para que aparecessem pretendentes a constituir matrimonio, mais foi exatamente um jovem de boa presença e muito simpático, originário da Vila Bela das Palmeiras, atual município de Palmeiras, que dedicou a sua vida a garimpagem de diamantes e que, atraído pela força da mineração de cristal de rocha no município de Gentio do Ouro de onde, seguindo o seu destino de garimpeiro, decidiu conhecer a riqueza dos florescentes garimpos de Cristal de Rocha, no povoado de Buriti Cristalino, que em uma das suas vindas, para a feira livre de Brotas, conheceu aquela que veio ser a “grande esmeralda” da sua vida, a jovem Eunice, daquele dia em diante, ele não perdia uma única feira, ao tempo que, Eunice também ficava na expectativa e, logo cedo, se arrumava e ficava atenta ao torpel dos cavalos, quando seu coração batia mais forte, corria ao portão e pela fresta da fechadura constatava a chegada do seu cavalheiro amado.

E logo, a simpatia ganhou os contornos de Amor e deu origem ao noivado e, no dia 02 de junho de 1943, a igreja Matriz de Nossa Senhora de Brotas, ficou pequena para receber os convidados do casamento, e logo, os presentes pararam para receber o cortejo, formado pelos noivos e acompanhados pela filarmônica Independência. A noiva Eunice estava linda, vestida, conforme a tradição, num vestido branco, bordado a mão, e logo, foi conduzida até o altar por seu pai Artur Campos, onde o noivo aguardava.

E, logo teve início a celebração do matrimonio, presidida pelo Padre Arnaldo da Rocha Campos.

 OS FILHOS, NETOS E BISNETOS.

O casal Durval Campos e Eunice Rosa Campos, viveram suas vidas com simplicidade, venceram muitos desafios impostos pelas dificuldades naturais, mais sempre viveram em harmonia e, da união tiveram sete filhos, três mulheres e quatro homens, os quais lhes retribuíram com netos e bisnetos, são eles:

Valnice Rosa Campos – Filha primogênita, nascida em 27 de fevereiro de 1945, que contraiu matrimonio com Nilton Suzarte Leal e, que deram a Dona Eunice quatro netos: Rosana, Rosilene, Cristiane e Vanilton. E, os seguintes bisnetos: Arthur, Alvaro; Laysa; Maria Eduarda; e, Cecilia.

José Tadeu Rosa Campos Segundo filho, nascido em 07 de agosto de 1947, casado com Iracilda Oliveira Campos, com a qual deram a Vó Eunice três netas mulheres: Patrícia, Simara e Sirlene e dois bisnetos Samuel e Debora.

Euval Rosa Campos – Nascido em 05 de fevereiro de 1949, casado com Marildete Silva Campos, com a qual deram a Dona Eunice os seguintes netos: Milena, Maiara e Marcel, e ainda os seguintes bisnetos: Maria Loisa, Maria Clara, Ruan e Miguel Antônio.

Ademar Rosa Campos – Nascido em 15 de abril de 1953, foi casado em 1ª núpcia com Rosa Balbino, com a qual deram a Dona Eunice os seguintes netos: Elizabete, Deivdson, Thiago e Felipe e com Zenir, mais dois netos Durval e Davi

Edson Alberto Rosa Campos – Nascido em 1955, não casou nem teve filhos.

Lenira Rosa Campos – Nascida em 14 de fevereiro de 1959, foi casado com Antônio Carlos Barbosa com o qual deu a Dona Eunice uma neta: Ane Campos Barbosa e dois bisnetos Ana Morena e Antônio Carlos.

Elenice Rosa Campos – Nascida em 09 de junho de 1960, foi casada com Orley Saldanha com o qual deu a Dona Eunice os seguintes netos: Anete Campos Saldanha e Laerto Campos Saldanha e mais dois bisnetos: Heitor e Teo.

Mario Luiz Rosa Campos – Nascido em 01 de novembro de 1963, casado com Joséfa Martins com a qual deram a Dona Eunice dois netos: Daniel, Maria Eunice.

 


G A L E R I A  D E  M E N S A G E N S

“MINHA QUERIDA MÃE”

Por Valnice

Hoje, celebramos a vida de uma mulher extraordinária, minha querida mãe. Ao relembrar seus predicados, minha mente se enche de memórias da sua elegância e educação. Cada palavra que proferia, cada gesto, era um reflexo do cuidado e da delicadeza com que tratava a todos ao seu redor. Sua dedicação para conosco, seus filhos, era inigualável. Sempre preocupada em nos oferecer a melhor educação, guiando nossos passos desde a infância.

Lembro-me com carinho dos belos vestidos que ela costurava para mim, peças feitas com tanto amor e precisão. Sua justiça era notável, e uma de suas frases marcantes era que não era um baú para guardar mágoas e ressentimentos. Perdoava com uma graça e leveza que não conheci em mais ninguém. A prova disso era a ausência de desafetos; em vez disso, ela era cercada por muitas e boas amizades.

Os sábados de manhã tinham um encanto especial. Mamãe acordava cedo para preparar o café e receber as comadres que vinham da zona rural para a feira da cidade, era sempre um momento de alegria e confraternização. Mamãe amava cantar e sua voz era suave e doce.

Embora nunca tenha estudado psicologia, ela tinha um dom natural para ouvir e aconselhar. Seus conselhos sempre os mais acertados, e sua presença trazia uma paz indescritível.

A fé que ela recebeu dos pais foi transmitida a nós com a mesma devoção. Depois do café da manhã, antes de qualquer outra atividade, ela lia a Palavra, seguida de meditação e cânticos. Na nossa infância, rezávamos juntos o terço ao pé da cama, seguidos pela ladainha de Nossa Senhora, rituais que fortaleciam nossa fé e união.

Mamãe deixou-nos um legado inestimável: a união da família. Assim como ela e suas irmãs, Idalice e Dilce, eram amigas inseparáveis e sempre estavam a serviço uma da outra, ela nos ensinou o valor do amor fraternal.

Hoje, ao celebrar o centenário de sua vida, não acenderemos a fogueira ou faremos a canjica que tanto gostava. Em vez disso, reacenderemos a chama do amor que ela sempre cultivou em nossos corações. Este amor continua a nos unir e sempre nos unirá, mantendo vivo o legado de uma mulher que soube amar, perdoar e viver com uma graça incomparável.

 “UMA MULHER EXTRAORDINÁRIA”

Por José Tadeu

Quero deixar aqui registrado uma homenagem a memória de minha querida mãe, Eunice, no centenário de seu nascimento. Meu nome é José Tadeu, mas para ela eu sempre fui o carinhoso "Zé". Como segundo filho, tive o privilégio de crescer sob os cuidados de uma mulher extraordinária, cuja inteligência e habilidade transformaram a vida de muitos.

Mamãe aprendeu a costurar muito jovem e logo se destacou como uma grande modista. Sua paixão pela costura não só a tornava excepcional em seu trabalho, mas também a levava a ensinar outras jovens a arte de cortar e costurar.

Além de sua maestria com a agulha e o tecido, mamãe era uma mãe dedicada. Tínhamos uma afinidade especial, um laço que nunca se quebrou, mesmo quando parti para São Paulo nos anos 60. A viagem foi longa e cansativa, primeiro na carroceria de um caminhão e depois de ônibus, mas o mais difícil foi a saudade daqueles que deixei para trás. No entanto, a lembrança do apoio e amor de minha mãe me deu forças para seguir em frente.

Quando consegui construir minha primeira casa, a ajuda financeira de papai e mamãe foi crucial. Nunca esquecerei a alegria em seu rosto quando voltei de São Paulo trazendo uma televisão. Era um presente que ela e papai aproveitaram muito, tornando nossas noites mais divertidas e informativas. Mais tarde, a compra de uma linha telefônica permitiu que nossa comunicação fosse quase diária, estreitando ainda mais nossos laços.

Mamãe também era uma conselheira nata. Sempre que algum casal enfrentava crises matrimoniais, ela era a pessoa que acalmava os ânimos e apontava o caminho para a paz. Sua sabedoria e serenidade eram admiráveis.

Lembro-me com carinho dos momentos em que, ainda menino, sentava-me ao seu lado na máquina de costura para fazer minhas lições. Se cometesse algum erro, ela me corrigia pacientemente até que estivesse certo. Quando precisava que eu comprasse algo, como linha ou aviamentos, eu me dedicava a voltar o mais rápido possível. A surpresa e alegria dela com minha eficiência eram recompensas inestimáveis.

Sinto imensamente a falta do seu riso largo, da sua voz suave e das músicas que cantávamos juntos. Mamãe, sua presença sempre foi um farol de amor e sabedoria em minha vida. A saudade é eterna, mas a gratidão por tudo que você foi e fez é ainda maior.

Saudades eternas, mamãe.

“UMA PROFUNDA SAUDADE”

Por Lenira

Hoje celebramos um marco especial e significativo: o centenário do seu nascimento. Em meio às memórias que trago comigo, sinto uma profunda saudade e uma gratidão imensurável por tudo o que a senhora representou e ainda representa em minha vida.

A senhora sempre foi uma pessoa admirável, uma verdadeira mulher à frente do seu tempo. Sua habilidade de manter tudo extremamente organizado, sua disposição para enfrentar qualquer tarefa pessoalmente, mesmo aquelas que exigiam esforço físico, como a vez em

que decidiu colocar lajes no quintal sozinha. Lembro-me vividamente daquele dia, quando papai chegou para almoçar e, ao vêlá de mãos à obra, tomou a decisão envergonhada de contratar alguém para concluir o trabalho. Esse episódio ilustra perfeitamente sua determinação e seu espírito incansável.

Minha ligação com mamãe sempre foi forte e especial. Quando tive a oportunidade de escolher quantas horas iria trabalhar como professora, optei por trabalhar apenas 20 horas semanais. As tardes que passávamos juntas eram indispensáveis para mim. Saía de casa com Anne logo após o almoço e só retornava no final da tarde. Esses momentos foram preciosos e me ensinaram lições valiosas de amor, convivência e cumplicidade.

Quando tive minha filha, enfrentei muitas dificuldades no parto e precisei ser transferida para Ibotirama, uma cidade com mais recursos na época. Permaneci lá até minha recuperação e, ao voltar para Brotas, fui recebida e cuidada por mamãe e por toda a família. Nesse período, mais uma vez demonstrou sua importância em nossas vidas. Mamãe ensinando-nos sobre amor, amizade e, sobretudo, sobre perdão.

Sua dedicação a papai foi um exemplo para todos nós. Quando ele se ausentou por um período sem dar notícias, ela, já com a casa cheia de filhos, não hesitou em pegar carona em um caminhão até São Paulo para trazer de volta o grande amor da sua vida. Sua habilidade de apaziguar ânimos e trazer paz para nossa família fazia tudo parecer mais leve e suportável. Sua gratidão por tudo, especialmente pela nossa família, era evidente e sempre dizia com orgulho o quanto Deus a amava.

Mamãe, você nos deixou um legado de amor incondicional, resiliência e fé. Seus ensinamentos continuam a nos guiar e a nos inspirar todos os dias. Concluo esta homenagem com uma frase que você sempre dizia quando alguém estava aflito: "Milagres surgirão, e as maravilhas nunca cessarão."

Com todo o meu amor e eterna saudade.

UMA MULHER DE FIBRA E DEDICADA

Por Elenice

É com muita saudade que descrevo minhas lembranças de minha mãe, pois nesse mês, se ela estivesse viva, completaria cem anos.

Ela sempre foi uma mulher de fibra, dedicada, inteligente e principalmente preocupada com a criação e educação dos filhos.

Mulher integra e soube conduzir seus passos e o trabalho do lar e como costureira mesmo no período que papai negociava por um tempo em São Paulo.

Quando necessário falava firme conosco e se precisasse algum castigo.

Hoje agradeço a Deus por seus ensinamentos e na obediência a Deus.

“MOMENTOS MUITO EMOCIONANTES”

Por Mario Luiz

Lembro de mamãe e sinto muitas saudades, pois sempre fui muito apegado a ela, gostava de ficar por perto e lembro que ela, para me agradar dizia que parecia que eu adivinhava o que ela estava precisando.

Quando ela ia costurar na casa de vovó Ricardina, eu ia junto e, sentava no pé da máquina, daí a pouco ela mandava eu ir na loja de Arthur de Romão ou na loja de Mateus comprar um tubo de linha de costurar ou zíper corrente marrom.

Quando fomos a São Paulo, estávamos na casa de Delsuc e ela desejou visitar suas afilhadas, Netinha de Maria de Anastácia e Aldira, pois tinha grande estima por elas, as quais moraram por alguns anos conosco, lembro que foi difícil descer a rua da casa de Netinha, um grande barranco atrapalhava o acesso, então Aldira não conseguiu passar, e para que mamãe conseguisse, foi preciso eu ir segurando num dos seus em braço e Desuc no outro, mais recordo que o esforço valeu a pena, pois foram momentos muito emocionantes e repleto de alegrias, até parece que elas sabiam que seria a última vez que se encontrariam.

 “UM CORAÇÃO GENEROSO”

Por Rosana

Celebrarmos o centenário de Vó Eunice, uma mulher cuja vida foi marcada por sabedoria, gentileza e um coração generoso. Mesmo após sua partida, sua memória continua viva em cada um de nós, que tivemos o privilégio de sermos tocados por sua presença.

Minha avó era uma pessoa extremamente educada e inteligente. Sua conversa sempre iluminava nossos dias, trazendo uma palavra amiga, um conselho sábio. Sua gentileza era cativante e sua vaidade, uma expressão de seu cuidado consigo mesma e com os outros. Sua casa refletia seu bom gosto impecável, sempre organizada e acolhedora, um verdadeiro refúgio de paz e beleza.

Minhas memórias com ela são preciosas e incontáveis. Aos domingos, acompanhava minha avó ao terço na igreja de São Vicente. Mesmo muito pequena, sentia a importância desses momentos de devoção ao lado dela. Nas visitas aos enfermos, via sua dedicação em organizar tudo, limpar e preparar os idosos para receberem a Santa Eucaristia. Essas ações mostravam sua fé inabalável e seu compromisso com o próximo.

Aos sábados, me levava à igreja para trocar as flores. Minha missão era simples, mas significativa: esvaziar a água dos vasos. Esse pequeno gesto fazia parte do ritual de cuidado e reverência que ela nutria pela casa de Deus.

Minha avó possuía uma sabedoria incrível e sabia aproveitar o tempo como ninguém. Sua rotina de meditação, seguida pelo canto do livro "Abra a Porta", era um exemplo de disciplina e espiritualidade. Ela reconhecia sua própria singularidade, mas, de forma generosa, me fez acreditar que eu também era especial.

Vó Eunice deixou um legado de amor, fé e dedicação. Sua vida nos ensinou o valor das pequenas coisas e a importância de sermos gentis e cuidadosos com todos ao nosso redor. Celebrar seu centenário é lembrar de tudo que ela representou e manter vivos seus ensinamentos em nossos corações.

Que a memória de Vó Eunice continue a nos inspirar e que possamos sempre honrar seu exemplo de vida. Sua luz brilha eternamente em nossas lembranças e em cada ato de bondade que perpetuamos em sua honra.

Com muito amor, e boas lembranças.

MENSAGENS DE ESPERANÇA, POSITIVIDADE E ORIENTAÇÕES ASSERTIVAS.

Por Marilia Matos

Guardo muito boas recordações da querida e saudosa tia Eunice Rosa Campos, a quem carinhosamente chamávamos de Dinda.

Ela cantava alegremente enquanto costurava, dava bons conselhos e fazia da sua casa um lar acolhedor, onde todos queriam estar, pois não faltava merendas, frutas do grande quintal, onde as ciriguelas eram as minha preferidas e o pé ficava próximo ao alpendre, bem acessíveis e docinhas.

Foi com ela que aprendi alguns hinos religiosos, que cantava com muito entusiasmo, como: “Então minh’alma canta a Ti Senhor, quão grande és Tu, quão grande és Tu...”  e também canções populares. Uma vez, ensaiei bastante uma música da cantora Kátia, que dizia: “Eu já nem me lembro quanto tempo faz, mas eu não me esqueço que te amei demais...” e fui correndo cantar para Dinda, para ela ver que eu sabia a letra completa. Ela correspondeu com muitos elogios e palavras de incentivo, que ficaram guardados na caixinha dos momentos de felicidade.

Recordo-me que quando morava em Salvador, ainda adolescente, Dinda foi nos visitar e me presenteou com duas bermudas, que eram compatíveis com meu uniforme escolar. Foi a glória aquele reforço no meu simples guarda-roupa, mostrando o seu cuidado e carinho para comigo.

Tenho a imagem sorridente dela, gravada na minha memória, ali na sala da frente, onde ficava sua máquina de costura. Muitas vezes estive por lá, pegando retalhos para fazer roupinhas de boneca e cheguei a pensar em ser modista, tamanha a minha admiração por ela, que confeccionava trajes impecáveis.

Notadamente, Dinda não se prendia a padrões arcaicos e entendia os jovens, pois seu espírito era jovem. Suas palestras traziam mensagens de esperança, positividade e orientações assertivas. Todos que a procuravam se sentiam confortados com suas sábias palavras e prosseguiam seu caminho com mais leveza e amor.

COM ELA APRENDI A REZAR O ROSÁRIO

Por Josilene Martins (Betinha)

O Que dizer de minha amada vó Eunice

Conheci através de uma linda amizade com sua neta “Rose”, melhor amiga, confidente e irmã, assim tive o carinho e amor de uma família que guardo eternamente em meu coração

Uma pessoa encantadora que me fez apaixonar por seu jeito carismático e amável!

Conselheira amiga, todas as tardes no intervalo das aulas íamos tomar seu café e lá ela nos orientava e aconselhava especificamente no caminho do bem e da fé.

A minha devoção a nossa senhora de Brotas foi através dos seus ensinamentos, com ela também aprendi a rezar o Rosário o qual me amparo até hoje e todos os momentos da minha vida!

CORAÇÃO GENUÍNO

Por José Carlos Queiroz

Eunice Rosa Campos, carinhosamente tratada por todos os sobrinhos como “Dinda Eunice”. Foi uma tia que ajudou muito sua irmã, a saudosa Idalice a educar seus sobrinhos na “Estrada do Bem, no caminho da igreja, onde será sempre lembrada e reconhecida como alguém que além do amor, zelou durante toda a nossa infância. Foi uma tia incrível que a vida nos apresentou.

Tia civilizada e educadíssima que trazia consigo o seu jeito peculiar em tratar bem a todos os seus sobrinhos.

Mulher de coração genuíno, preparada espiritualmente, uma tia maravilhosa e inspiradora, que lutou por tudo aquilo que acreditava, inclusive acolhendo em sua residência, por muitos anos, uma jovem por nome Aldira, que para ela era como se fosse uma filha.  

As minhas orações sempre têm um destino, Dinda Eunice.

A ela toda a minha admiração e a minha gratidão, sem prazo de validade, se manterão para sempre.

Até um dia minha querida tia.

“DEUS É PROVIDENTE MEU FILHO”

Por Thiago Balbino Campos

Minha avó Eunice foi uma grande mulher, matriarca da família, mulher forte e resiliente, dona dos melhores conselhos, das palavras mais apaziguadoras e serenas, conseguia de forma curiosa ser uma avó amorosa e rigorosa ao mesmo tempo, vó Eunice foi a única avó com a qual eu tive contato e me lembro que todas as vezes que eu chegava em sua casa, ela me levava até o quarto da despensa para me dar algum doce ou fruta que sempre estava lá guardada para mim. Em minha breve convivência com vó Eunice, além do amor, guardo em minha lembrança seu ensinamento “Deus é providente meu filho”.

G A L E R I A  D E  I M A G E N S






Texto: Wanderley Rosa Matos/ Valnice, José Tadeu, Lenira, Elenice, Mario Luiz, José Carlos, Marilia, Thiago Campos, Josilene Martins, Rosana Leal

Fotos: Arquivo de Wanderley e Fotos da Família

Contato: fone/Whats App:  77 99136 0706; e-mail: wanderleymatos2000@gmail.com

 




BROTAS NA HISTÓRIA - CELEBRAÇÃO DO CENTENÁRIO DE EUNICE ROSA CAMPOS
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