Funcionário aposentado do Banco do Brasil, Licenciado em Filosofia, Agricultor Familiar e Presidente da Comissão Provisória Municipal do Partido Verde (PV).
"Gigantes ou
pigmeus?
Estamos
chegando ao final do mês de Junho, sem clima nem motivação para comemorações,
apesar deste ser o mês mais festivo e alegre para os nordestinos, brotenses
entre eles, devido à pandemia e incertezas futuras.
Também é chegado
o momento de definições sobre o futuro de Brotas. Qual futuro teremos e se
estamos à altura para participar dessa decisão.
Brotas está
inscrita numa história grandiosa. História que anda meio abandonada,
empoeirada, esquecida, maltratada. Nossa história foi construída por grandes
homens e mulheres, imbuídos, sempre, pelas virtudes da coragem, sabedoria e
civilidade. Essas características sempre foram reconhecidas nos brotenses, por
onde andassem.
E o que é
história? O historiador Marc Bloch (1886-1944), por exemplo, considera que a
História não é apenas a ciência que estuda os acontecimentos passados, “mas
sim a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo.” Nossa grandeza foi
construída por notáveis antepassados. Estamos à altura deles? Quais ações
estamos implantando ao nosso tempo? Que história estamos construindo? O que
dirão de nós os brotenses “posteriores”?
Semelhantemente
a Hércules, o próximo gestor ou gestora de Brotas terá tarefa duríssima para
administrar. Talvez mais que os 12 trabalhos do herói mitológico grego. Terá de
lutar para conduzir a bom termo um município que sobrevive de repasses de FPM
(Fundo de Participação dos Municípios), que, vale ressaltar, deverá cair a
níveis terríveis no próximo ano, devido ao baque econômico provocado pela pandemia.
Economia em baixa = baixa arrecadação = baixo valor de repasses. Ademais, terá
a tarefa de pacificar os espíritos, acirrados que estão em decorrência
das últimas disputas, unificar esforços, e, talvez a mais
importante: encontrar a fórmula para resgatar o brio, o ânimo e a motivação
do povo brotense. Há muito tempo
nossa população entrou em um nível de descrença e desânimo que compromete todo
e qualquer processo de reerguimento desta terra. Nosso povo deixou de
sonhar e acreditar. Se não revertermos esse quadro, todo o trabalho
fica seriamente comprometido.
O momento
desse resgate já tarda. E, como nos disse Ivan Lins, depende de nós. Se esse
mundo ainda tem jeito. Apesar do que o homem tem feito. Quem já foi ou ainda é
criança. Que acredita ou tem esperança. Quem faz tudo pra um mundo melhor.
Depende de nós.
Se
depende de nós, não pode ser executado por um, apenas. Ou participamos todos dessa tarefa
ou ela não será realizada. Verdadeiro mutirão.
A visão
administrativa dos que governaram Brotas ainda não esteve à altura do que
Brotas representa. Falta de planejamento a longo prazo. Administrações que não
têm continuidade. Equipes treinadas que são tangidas de seus postos a cada 04
anos. Projetos que não são concluídos. Filhos da terra, especializados, que não
são aproveitados e migram para trabalhar em terras próximas, quando aqui
estamos necessitados. A cada resultado de eleição já se sabe quem vai embora e
quem retorna. Isso não é administração pública; é administração de vaidades e rancores.
Estreiteza de visão política. Custeada com dinheiro público.
No momento
atual, segundo pesquisas de opinião, estão colocadas 05 pré-candidaturas. Vale
a pergunta: o que, de fato, move tanto interesse na busca de eleição para
prefeitura?? Certamente todos dirão: meu objetivo é Brotas. Tenho
proposta ou projeto para salvar Brotas. Ótimo; então chegamos a um consenso. Todos
temos o mesmo objetivo. Então, porque não nos sentamos em torno de uma mesa,
escolhemos apenas um para nos representar e todos os outros se comprometem a
não medir esforços para ajudar?? No lugar das vaidades ou outros
interesses, que tal se utilizássemos a humildade dos grandes sábios? Daríamos
um exemplo para o mundo. Estaríamos, realmente, escrevendo uma nova história
para Brotas, no alto nível que nossa gente espera de todos.
Brotas passa
por um momento extremamente difícil. Para superar nossas dificuldades presentes
e futuras precisamos de gigantes. Serão nossas atitudes hoje que definirão
nosso tamanho na história de nossa terra. É chegado o momento de demonstrar se
somos esses gigantes ou se não passamos de pigmeus".
Dilton Aécio Rodrigues de Oliveira
Foto Reprodução
Da Redação, 24/06/2020
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ResponderExcluirMeu amigo e irmão Dilton Aécio, aprendi, ao longo dos meus quase 70 anos, que o "homem" que entra para a vida pública pode está embuido de ótimas intenções, mas o sistema, altamente corrompido, ou o corrompe ou o impede de governar com seriedade e zelo com o erário público. Espero, para o bem de nossa (se me permite assim dizer) Brotas de Macaúbas, que eu esteja enganado. Grande abraço e meus parabéns pela matéria.
ResponderExcluirDiga, Dilton Aécio,tudo em paz ? acredito que a união entre conterrâneos e conterrâneas, visando o bem comum e ser solidário é um grande passo para se evoluir o município e evoluir se, na qualidade de pessoas humanas.
ResponderExcluirPara ser gestor desta terra só conheço um municipe para representar esse povo tão sofrido...Dada ferro.
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