Menos de dois meses depois de anunciar o início da vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos contra a Covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde revisou a orientação e passa agora a não recomendar a imunização desse público. Na noite de quarta-feira (15), a pasta emitiu uma nota informativa pedindo que governadores e prefeitos respeitem a orientação do ministério e retirem os jovens desta faixa etária dos planos locais de vacinação. Ficam mantidos apenas os adolescentes que apresentem deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.
No comunicado, a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 listou algumas razões para a mudança de posição, como o fato da Organização Mundial de Saúde não recomendar a imunização de criança e adolescentes, com ou sem comorbidades. Ainda segundo a Saúde, a maioria dos adolescentes sem comorbidades infectados pela Covid-19 apresentam evolução benigna da doença, mantendo-se assintomáticos ou oligossintomáticos. O ministério afirma também que os benefícios da vacinação em adolescentes sem comorbidades ainda não estão claramente definidos.
Outra razão, segundo a pasta, é a melhora no quadro epidemiológico do país, com redução na média móvel de casos e óbitos caudados pelo coronavírus. “Destacamos que a orientação da NOTA TÉCNICA 36/2021 estabelecia que os adolescentes sem comorbidades seriam o último subgrupo elegível para vacinação e somente vigoraria a partir do dia 15 de setembro. Reafirmamos que Estados e Municípios sigam as orientações do Programa Nacional de Operacionalização da Covid-19”, diz a pasta, informando ainda que revisará, sempre que necessário, suas recomendações, com base em dados de segurança e na evolução das evidências científicas.
Imagem Reprodução
Via Tribuna
Por Luciano Brotense
Da Redação, 16/09/2021
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