SINAL DE ALERTA LIGADO NA MATA DO BOM JESUS PELA INCIDÊNCIA DE COVID-19
Frente aos vinte casos registrados de Covid-19 no município de Brotas, sendo desses dez ativos, a comunidade da Mata do Bom Jesus vem se destacando negativamente por abrigar uma incidência elevada da doença. Embora o boletim epidemiológico não informe o lugar onde os infectados residem, sabe-se, extraoficialmente, que quatro ocorrências acometeram em pacientes do referido povoado. Nessa contagem, levando em conta as pessoas já curadas oriundas do local, teríamos um resultado expressivo da ação do vírus em uma localidade com pouco mais de trezentos habitantes.
Ventila-se algumas justificativas para chegar-se a uma compreensão de como a problemática surgiu. A mais forte entre elas denuncia os excessos vivenciados na última eleição, tendo os frutos só agora colhidos. É impossível discordar acerca do relaxamento promovido na corrida municipal. Parte da população, de fato, deixou a Covid em segundo plano e viveu abundantemente o momento. Farras, carreatas e muita aglomeração; a Mata se viu como entreposto de tudo isso, principalmente na reta final da campanha. O resultado, infelizmente, já era esperado.
Contudo, sobre este tópico, vale ressaltar a anuência do público contribuindo bastante para o desfecho. Culpa-se os candidatos pela propagação de atos eleitoreiros os quais causavam aglomeração; mas esquece-se da participação do próprio povo nesses eventos, inclusive divulgando e viabilizando o engajamento nas redes sociais. Logo, é preciso haver uma mea-culpa na história e assumirmos as consequências advindas de posturas equivocadas tomadas no pretérito, a fim de não repeti-las numa outra ocasião.
Outro fator preponderante causador da atual situação é a acentuada jogatina ocorrida nos bares da comunidade. O expediente reúne muitas pessoas e, quando essas abdicam do uso da máscara, torna tudo mais dramático ainda. A utilização do acessório também é imperativo nas circunstâncias de lazer e devemos aquiescer nesse sentindo. A Serra, espaço de banho muito visitado pelas pessoas do lugar, colabora com o aumento das possibilidades de contágio e disseminação do Corona, uma vez pela inexistência do distanciamento entre os indivíduos e, como já dito anteriormente, a ausência de máscara pelos banhistas.
Se por um lado as medidas adotadas pela Secretaria de Saúde surtiram efeito ao longo do período da pandemia, nesse instante parece haver uma ruptura do cenário denunciando a necessidade de uma urgente intensificação na comunidade da Mata. É salutar um esforço pontual de conscientização diante dos moradores para a problematização trazida pelo Corona. O objetivo deve ser claro e prático: diminuir o contágio e impedir que a área se transforme em um epicentro de difusão da doença.
Tal empreitada precisa ser abraçada pela Associação Comunitária, pelos quadros eclesiásticos e por toda sociedade civil. A somatória dessas forças, é provável, impactará positivamente e será uma resposta a altura de enfrentamento ao problema. Inviável mesmo é mantermos os braços cruzados e deixarmos tudo como está, confiando em uma autorregulação ou na Providência Divina. Faça sua parte, e eu te ajudarei; a frase remonta certa analogia feita a uma passagem bíblica podendo ser empregada em diferentes contextos para extirpar o comodismo.
Com um trabalho organizado e bem coordenado a chance de êxito cresce consideravelmente. Brotas continua sendo privilegiada ao passo quando a comparamos com outros municípios vizinhos. O que vemos nos arredores é o vírus castigando sem piedade a população deixando-a refém e amedrontada. Assim, usando os exemplos de terceiros, devemos continuar empreendendo as ações de combate e executando tantas outras para não só frear os episódios na Mata, mas também em todo o território brotense.
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